segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tríplice Coroa 2009 - parte 3 - Taça Brasil


Foram 10 jogos em 10 dias seguidos. Isso mesmo, jogamos 10 partidas sem ter sequer um dia de descanso. E ainda por cima, jogamos o 5º jogo da fase classificatória a noite, em Umuarama, e no outro dia estreamos na fase final, a tarde, já em Cascavel. Desumano.

A fase classificatória, em Umuarama-PR, era sem dúvida, a mais difícil pois era composta por várias equipes que disputam a liga nacional. E com um detalhe: apenas uma equipe avançaria para a fase final em Cascavel.

Na estréia, no dia 20/11/2009, batemos o Atlântico de Erechim-RS por 4x0. Depois vencemos o Maringá-PR por 4x1. No 3º dia vencemos a Malwee de virada por 2x1, num jogo quente. O Mussalem e o Ferretti foram expulsos, além do ala Leandrinho da nossa equipe.

O dia 23 de novembro de 2009 me trás péssimas recordações. Acordei por volta das 08:00h com a notícia do falecimento do meu pai (e melhor amigo !). Começava ali a jornada mais triste e cansativa da minha vida, até a cidade em que residia, em Teófilo Otoni-MG. 
Naquela noite minha equipe vencera o Umuarama e estava com a vaga quase garantida. No dia seguinte foi a vez do Patrimonial-SC perder para a ACBF. Este jogo acabou por volta das 21:00h. E a partida de estréia na fase seguinte era às 14:00h do dia seguinte. Menos de 24h depois e em outra cidade. Absurdo !

 Enquanto eu estava fora, a equipe seguia firme na competição. É verdade que a fase final tinha um nível bem inferior. Mas o desafio agora era suportar a quantidade elevada de jogos em dias seguidos.
No dia 25/11, batemos o Juiense-MT por 10x0. E na sequência vencemos a Ulbra-TO (8x3) e Tigre-PE (5x2). Na semifinal vencemos o Cascavel-PR por 3x1. Neste jogo eu já estava de volta à equipe.
Aliás, nesta partida o Goda fez um golaço de "sem pulo."  Veja o vídeo abaixo.







A final do torneio foi entre ACBF/Carlos Barbosa e Tigre-PE. No tempo normal foi 2x2 e depois houve outro empate na prorrogação. Decisão nos penaltis. Brilhou a estrela do goleiro Bilica, que defendeu três pênaltis.

Vou dizer uma coisa. Só quem estava na quadra mesmo para atestar o que vou dizer. Era um tal de nego se esconder para bater os pênaltis (risos). O engraçado que dois dos nossos melhores cobradores, Rodrigo e Daniel, erraram suas cobranças. E outros, como o Tostão e o Jé, que nunca cobraram um pênalti na vida, bateram super bem. Após as sequência dos cinco cobradores, começaram as cobranças alternadas. Aí foi um "Deus nos acuda."
Era um sentindo dor aqui, outro com a perna pesada ali. Depois que baixou a adrenalina, eu ria sozinho.
Após a 13ª cobrança o Bilica defendeu o pênalti que nos garantiria o título.

Foi minha primeira conquista da Taça Brasil. Um título inédito. Infelizmente foi um misto de alegria e tristeza pois não parava de lembrar do meu pai, João Rodrigues Sobrinho, o Seu Jota, a quem dedico este post.

Obrigado por tudo pai !



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