sábado, 10 de julho de 2010

O Relógio

No final de 1997, exatamente na semana entre o Natal e o ano novo, houve uma partida entre Tio Sam e Iate a fim de ver quem seria o representante do Rio de Janeiro na Taça Brasil de clubes no ano seguinte. O jogo foi no ginásio do Olaria e momentos antes da preleção realizou-se o sorteio de um relógio. Os patronos da equipe (seu Antônio e dona Terezinha) que estavam em um cruzeiro para celebrar o reveillón disseram que haviam comprado um relógio e pediram para que fosse sorteado entre os jogadores e comissão técnica.
Então, todos os nomes escritos em pequenos pedaços de papel foram colocados numa sacola plástica e o Felipe, filho do treinador Gérson Tristão, foi quem meteu a mão.
"Quem ganhou foi... MEU BRUXO ! Harrison..."
Que beleza, eu pensei... é sempre bom ganhar alguma coisa.
Na época o pessoal ficou na minha cabeça dizendo um monte de coisa. "Vai ser um importado", "vai ganhar mó relojão", "os homi não dão presente fraco não..."
Só que o relógio só seria entregue no ano seguinte pois como falei os patrões estavam em alto mar.
No primeiro dia de trabalho de 1998 recebi um envelope pardo. Nele havia uma bonita embalagem de couro. Assim como o kinder ovo, a surpresa pode ser boa ou ruim. E quando a esmola é demais, o santo desconfia, né não?
O relógio era horrível e não tinha nem marca !!! Pra falar a verdade eu nunca o usei e o fim dele foi nas mãos do pai de um amigo meu que era camelô e vendia relógios. Deve ter me dado o equivalente a uns 15 reais. E foi só.

2 comentários:

  1. Deixa de ser reclamão. Ganhou nas acabou vendendo o presente. Ivanir

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  2. É que, como diria o falecido Ricardo Lucena, fiquei esperando pela Luisa Brunet e recebi a Dercy Gonçalves !!!
    abraço, Harrison

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