Ao longo destes 14 anos que trabalho com esporte de alto rendimento, percebo que um problema tem sido recorrente por parte dos atletas. A maioria não sabe escolher o momento certo de parar e muito menos o que vão fazer depois de encerrar a carreira como competidores.
Hoje mesmo conversei com um grande amigo, que foi meu atleta no Playas de Castellón, e percebi que a vida dele "não decolou" depois que parou de jogar. Pelo contrário, retrocedeu.
Quando perguntei sobre outros amigos daquela época, a resposta foi a mesma.
Uns tentaram um negócio aqui, outro ali mas nada de muito sucesso. Tem veterano de mais de 40 anos, como o jogador Arnaldo Ferreira, ex-seleção espanhola, que voltou a atuar este ano.
Isso reflete um despreparo por parte dos atletas. Muitos vivenciam apenas o "hoje", com bons salários, bons carros, boa vida, etc. Mas esquecem que a carreira (ou pelo menos o tempo que irão receber bons salários) é curta. Não só guardar dinheiro como ir projetando o que vão fazer no futuro deveria fazer parte da rotina deles.
Já vi muitos atletas que atingiram o topo, a excelência no nosso esporte. E digo isso a nível técnico e financeiro. Hoje, muitos destes citados, que já foram "os caras", não tem sequer um imóvel próprio e/ou um emprego fixo.
Aqueles que souberam investir ou guardar, conseguiram manter um bom padrão de vida após o término da vida desportiva.
É para refletir... Abraço !
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