terça-feira, 5 de julho de 2011

Diferenças culturais

Acabo de ler no site oficial da Liga Espanhola de Futsal (lnfs.es) que o treinador brasileiro Eduardo São Thiago, o  Duda, acaba de completar 10 anos a frente da equipe do El Pozo de Murcia (ESP). Isso mesmo, 10 temporadas consecutivas tendo conquistado 4 ligas nacionais, 1 Recopa européia, 3 Copas de Espanha e 2 Supercopas. E olha que no início do seu trabalho perdeu 3 finais de liga nacional consecutivas. Todas para o Inter Movistar. 
Mesmo assim a diretoria apostou no seu trabalho e os resultados vieram. Faltou apenas o tão sonhado título europeu, a Uefa Futsal Cup. Segundo Duda esta foi a derrota mais dolorosa.
Aqui no Brasil, no último sábado, o treinador Paulo Mussalem recebeu uma homenagem da diretoria da ACBF/Carlos Barbosa por ter completado 400 jogos oficiais a frente da equipe. 
Porém o Mussalem já  está na sua 3ª passagem pela equipe laranja.
O Jarico também recebeu esta mesma homenagem (400 jogos) aqui na ACBF tempos atrás.

Aliás, o grande "estatístico" e responsável pela pesquisa, de ambos, foi o jornalista Eliseu Demari, do Jornal Contexto. Parabéns pelo tabalho !

Onde quero chegar com esta resenha toda ? Já trabalhei na Espanha, Japão e, claro, no Brasil.
Aos poucos a cultura está mudando e já não se demite mais tantos treinadores por qualquer derrota.
Isto ainda acontece mas atingimos um nível onde a comissão técnica é mais valorizada.

Vejam o caso do Paulinho Cardoso, treinador da Krona/Joinville. A equipe dele começou o ano muito mal e ficou várias rodadas fora da zona de classificação na liga. Todo mundo dizia que a situação seria insustentável pra ele que fatalmente iria "cair." Mas o "patrão" bancou o treinador e sua comissão.
Houve mudanças, mas não no comando técnico. A equipe reagiu e está classificada. Certamente será um time mais forte e sólido nas fases seguintes da liga. 
O próprio Paulinho Cardoso passou por isso em Umuarama que foi a última equipe a se classificar mas depois chegou na semifinal da liga nacional.

As vezes uma mudança no comando técnico é saudável mas não por uma ou outra derrota. 
Há que se analisar todo o contexto.

Até mais !

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