Tem um samba da Mangueira em homenagem ao Chico Recarey, proprietário do extinto cassino da Urca que diz: "vai na roleta ou no bacará..."
Ao falarmos em cassinos, remetemos nossos pensamentos à iluminada Las Vegas, nos EUA. Confesso que antes de ir para Macau, não tinha a menor idéia que aquela península é o paraíso da jogatina, considerada como a Vegas do sudeste asiático. Visitei algumas casas por lá mas não fiz apostas. Fui apenas por curiosidade. Sou daqueles que não compra nem rifa...
Conversando com o pessoal da comissão técnica de Macau, fiquei sabendo que por lá os cassinos são liberados pelo governo que recebe de contrapartida 60% da arrecadação de cada um. O resultado é que o governo não tem aonde gastar tanto dinheiro (na verdade tem...) e daí se explica a quantidade enorme de construções ultra modernas. Sejam instalações esportivas, novos prédios comerciais ou novos cassinos. Também torna-se possível compreender porque desde o ano 2000 pra cá Macau tem sediado tantos eventos esportivos de grande porte como os Jogos Asiáticos Indoor, etapas do Grand Prix de Voleibol, Campeonato Asiático de Seleções de Futsal e as Olimpíadas Asiáticas, entre outros. Lá também há um circuito de rua onde ocorre uma etapa da Fórmula 3 e por onde correram nomes como Ayrton Senna, Schumacher e Mika Hakinnen.
Inclusive no Museu do Grande Prêmio (2ª foto acima à direita) tem um carro, macacão e capacete usados pelo saudoso Senna.
Pelo pouco que observei, essa grana toda arrecadada pelo governo poderia ajudar mais a população. Há bastante contraste por lá. Passei por locais com imóveis bem humildes e em péssimas condições. Entretanto vi construções modernas e arrojadas que davam um ar de ostentação. Com o turismo dos cassinos as grandes grifes da moda desembarcaram por lá. Basta dar uma voltinha que irá encontrar lojas próprias da Hugo Boss, Calvin Klein, etc. O New Yaohan é um grande centro comercial que abriga grandes marcas e onde encontra-se de tudo. É da mesma rede que tem em Hong Kong.
Falando em compras, Macau é o paraíso. Lá tudo é muito barato em relação ao Brasil. Roupas, tênis, perfumes, eletrônicos... Foi lá que comprei meu primeiro laptop, um HP que custava três vezes mais no Brasil, e um monte de outras coisas. Fiz a festa ! A moeda local é a Pataca mas em todos os lugares aceitam Hong Kong Dólar.
Tenho boas recordações daquele lugar, exceto pela comida chinesa horrível e pelo povo mau educado para dar informações.
Ah, já que comecei falando em música. Lembrei do céu de Macau, poluído como a maioria das cidades chinesas, e da canção Fábrica da Legião Urbana. "O céu já foi azul mas agora é cinza..."
Apesar do calor não vimos a cara do sol nenhum dia. Havia sempre uma névoa cinzenta cobrindo o astro-rei.
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