sexta-feira, 5 de março de 2010

Masculino x Feminino

Algumas pessoas me perguntam se há muita diferença no trabalho realizado com atletas do sexo feminino e masculino, já que trabalhei com ambos.
Sim, existe muita diferença. Primeiramente nos aspectos fisiológicos pois é do conhecimento de todos que a mulher possui percentual de gordura maior e por questões hormonais não tem os mesmos ganhos de força que o homem. Mas não vou abordar as diferenças anatômicas ou fisiológicas e sim a prática do dia-a-dia.
A mulher é mais manhosa e menos tolerante a dor. Vale abrir um parênteses e ressaltar que existem atletas homens chorões também. Estou falando em linhas gerais. Porém, as meninas costumam ser mais responsáveis e dedicadas com suas obrigações. A mulher, por sua vez, costuma sofrer mais no aspecto emocional. Se tem um problema em casa, por exemplo, fica mais nítido no treinamento o seu abatimento, o que influencia diretamente na sua performance.
Um aspecto relevante é em relação ao ciclo mesntrual. Existes atletas que treinam normalmente neste período, enquanto outras acusam o golpe e sofrem com cólicas, etc. Neste caso, o cuidado maior é conhecer bem sua atleta e saber se realmente tem que afastá-la de uma sessão de treino ou se é "migué". Eu nunca tive problemas quanto a isso.
Sabe aquela história de que mulheres que vivem juntas por muito tempo acabam regulando seus ciclos menstruais no mesmo período? Pois é, lá no Vasco numa determinada época eu tinha quase toda a equipe de TPM ao mesmo tempo.
Outro detalhe é em relação ao vestiário e a intimidade das atletas. Quando existem homens na
comissão técnica de equipes femininas, temos que repeitar a privacidade das meninas. Eu só entrava no vestiário batendo antes na porta. As vezes eu era "expulso" por conta da troca rápida de um calção rasgado ou coisas do gênero.
Sobre o treinamento, o que muda é a intensidade, menor em relação aos homens, respeitando os limites de cada uma. O volume é praticamente o mesmo.
No próximo post vou contar como foi minha experiência na Terra do Sol Nascente, na minha volta ao Futsal.
Até mais !

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