O bom filho à casa torna...
Foi dessa maneira que fui recebido no meu retorno à Teresópolis, em um projeto com praticamente todos os envolvidos na minha passagem em 1999. Começando pelo Malafaia, então treinador do Petrópolis, que estava dando um suporte nos bastidores para os diretores de Terê poderem recomeçar. A comissão técnica era formada pelo Dilso Júnior (hoje no Vasco e seleção carioca, ambos sub-20), um jovem e estudioso treinador cujo único defeito é ser botafoguense; tinha o Felipe Conde, auxiliar técnico e da preparação física e eu. Além disso, lá reencontrei o Alonso "Charles Bronson" (massagista), Adílio (o roupeiro que nunca pára de ter filhos), Mário Silva (o supervisor mais louco do Brasil) e o Cacá (diretor de futsal). E ainda os grandes amigos e atletas locais: Róbson, Guto, Cabral, Zeca, Adão, Yuri, Renatão "mão de quiabo", Zé Carlinhos, Rabelo, Rodrigo, Rafael, Pedrinho Conde e tantos outros.
O projeto tinha como objetivo inicial a categoria juvenil por um motivo bem justo. O Malafaia passou anos trabalhando por lá e tinha toda uma geração que treinou com eles desde molequinhos. A diretoria achava que estes meninos mereciam jogar em alto nível na categoria juvenil pois desde que o projeto havia estacionado, muitos também pararam de jogar. Já a equipe adulta era formada por veteranos de Teresópolis e outros do Rio como o Max, Wellington (hoje no Floripa), Rafael Dutra, Dudu e outros. O Dilso trouxe com ele 4 atletas do Tio Sam, todos juvenis e que também integrariam o adulto.
Curiosamente a equipe adulta, que ninguém levava fé, chegou a finalíssima do metropolitano de 2005, perdendo o título para o Macaé. Vocês não tem idéia de como eu curtia vendo aqueles "velhinhos" de Terê jogando em alto nível novamente e "voando baixo" como se diz na gíria da bola.
Teresópolis sempre teve equipes-família e como eu disse em outro post, sempre me deu sorte. O ambiente era ótimo e recordo com carinho daquele grupo. Antes da grande final do metropolitano recebi um convite do meu amigo Ricardo Menezes e fui parar em Carlos Barbosa. Após despedida, muito emocionado, percebi que era hora de voar alto novamente.
Tem um livro do Leonardo Boff (A águia e a galinha) que faz uma metáfora da condição humana. Basicamente o livro conta que uma galinha pode ser criada como águia, mas que nunca alçará vôos mais altos. Entretanto, você pode prender a águia em um galinheiro por um tempo mas ao retornar ao topo da montanha a águia pode até titubear mas logo voltará a dar seus rasantes. O ser humano é águia na sua essência mas alguns preferem viver acomodados, como as galinhas dentro do galinheiro, que não precisa caçar para ter sua comida e nem voar tão alto.
Eu tinha minha condição de águia novamente e desta vez eu não queria, definitivamente, ter que voltar para o galinheiro.
Até logo !
Fala Harisson. Nem sei se vc lembra, em 1999 foi pouquíssimo tempo por Terê mesmo, ainda mais ajudando na nossa categoria mas sempre lembro e comento que naquela época "eu tinha preparador de goleiros" hehehe.
ResponderExcluirÉpoca boa, e agora estou aqui, futuro colega de profissão. Não no futsal, mas na Educação Física. Parabéns Harisson,muito legal saber que você venceu na carreira.
Opa rapaz ! Lembro sim. Nesta época eu fazia "dobradinha" como treinador de goleiros também. Abração !
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