Shibuya
Restaurante tradicional de Sushi onde se entra descalço e se come sentado no chão ou de joelhos.
Obviamente a realidade é bem diferente daquilo que se passava no meu imaginário infantil.
Mas o choque cultural é muito grande. Vou falar especificamente de Tóquio, lugar que pude conhecer um pouco. E aleatoriamente vou relatar alguns lances que me chamaram atenção.
Já no aeroporto, o rapaz que foi me buscar me orientou a não ficar "morcegando" no lado esquerdo da escada rolante pois ali é uma via para quem está com pressa. Recentemente estive me Londres e lá as pessoas também deixam o lado esquerdo livre. Mas em algumas cidades do Japão é a faixa direita que é a de rolamento, digamos assim.
As regiões em Tóquio possuem administrações próprias e são chamadas de Ku, o que para nós brasileiros já começa ser gozado. Trocadilhos a parte, cada Ku possui suas próprias leis e regras. Eu fiquei hospedado em Shibuya-Ku, local que aparece bastante em filmes e onde se concentram os jovens de todas as tribos. Um curioso passatempo é parar em algum canto (cuidado para não ser arrastado pela multidão que circula por lá) e observar as pessoas. Eu vi um cara com metade da cabeça raspada e a outra parte com corte moicano pintado de verde. Acreditem. Isso é supernormal por lá.
Voltando aos Kus, tem região que permite o fumo em público. Nas que são proibidas, existem fumódromos. Dois exemplos: Em Shibuya numa das saídas do metrô existe uma espécie de cinzeiro gigante onde as pessoas encostam ali e ficam fumando. Em outro lugar vi um trailer bem grande onde as pessoas entram e ficam fumando. Lá dentro tem lan house, máquina de refrigerantes, cerveja e cigarros. No teto do trailer tem chaminés com depuradores de ar. Nos locais onde fumar é proibido, quem for pego é penalizado severamente.
Ainda em Shibuya vi óticas que disponibilizam no meio da calçada pia, água, sabão e papel toalha. Ah, e lenços de papel. As pessoas param ali, limpam seus óculos e seguem seus rumos.
Nas estações de metrô vi em vários pontos guardas-chuvas. As pessoas pegam emprestado ao sair da estação e depois devolvem na volta. Alguém aí acredita que no Brasil essa moda pegaria?
Nas calçadas em vários lugares existem mão e contra-mão, além da faixa especial para ciclistas. isso que é organização ! Quando o sinal de trânsito está fechado, nenhum carro avança, mesmo que não tenha ninguém. O Pedestre faz o mesmo, independente se tem carro por perto ou não.
O hábito já conhecido por nós de tirar o calçado antes de entrar na casa de alguém, é verdadeiro. As casas já são preparadas e na entrada há um sapateiro para guardar os pisantes das visitas. Por conta disso, muitas pessoas compram o sapato ou tênis com um número maior a fim de facilitar o "tira e coloca" toda hora. Mas é muito engraçado pois os jovens exageram e usam tênis com 4 ou 5 números maiores. No metrô eu não parava de rir lembrando do palhaço Bozo.
Os namorados não andam de mãos dadas e nem se beijam em público. As mulheres andam atrás dos maridos porém quando eles recebem o salário elas que tomam conta e vão dando mesadas pros caras gastarem.
Quase ia esquecendo dos assentos sanitários térmicos, com botãozinho do lado para regular a temperatura. Haviam outros botões. Eu, curioso, fui apertando, até sentir um jato d'água no meu fiofó e outro no saco. Esses japoneses pensam mesmo em tudo...
Restaurante tradicional de Sushi onde se entra descalço e se come sentado no chão ou de joelhos.
Na minha infância eu tinha uma idéia de que no Japão todos viviam de cabeça pra baixo e que lá tudo era completamente diferente do Brasil. Além de achar que japonês era "tudo igual". Meu pai costumava brincar comigo, dizendo que se cavássemos um buraco bem fundo, sairíamos do outro lado do mundo, no Japão. Quem poderia imaginar que um dia eu iria lá conferir se tudo aquilo era mesmo verdade...
Obviamente a realidade é bem diferente daquilo que se passava no meu imaginário infantil.
Mas o choque cultural é muito grande. Vou falar especificamente de Tóquio, lugar que pude conhecer um pouco. E aleatoriamente vou relatar alguns lances que me chamaram atenção.
Já no aeroporto, o rapaz que foi me buscar me orientou a não ficar "morcegando" no lado esquerdo da escada rolante pois ali é uma via para quem está com pressa. Recentemente estive me Londres e lá as pessoas também deixam o lado esquerdo livre. Mas em algumas cidades do Japão é a faixa direita que é a de rolamento, digamos assim.
As regiões em Tóquio possuem administrações próprias e são chamadas de Ku, o que para nós brasileiros já começa ser gozado. Trocadilhos a parte, cada Ku possui suas próprias leis e regras. Eu fiquei hospedado em Shibuya-Ku, local que aparece bastante em filmes e onde se concentram os jovens de todas as tribos. Um curioso passatempo é parar em algum canto (cuidado para não ser arrastado pela multidão que circula por lá) e observar as pessoas. Eu vi um cara com metade da cabeça raspada e a outra parte com corte moicano pintado de verde. Acreditem. Isso é supernormal por lá.
Voltando aos Kus, tem região que permite o fumo em público. Nas que são proibidas, existem fumódromos. Dois exemplos: Em Shibuya numa das saídas do metrô existe uma espécie de cinzeiro gigante onde as pessoas encostam ali e ficam fumando. Em outro lugar vi um trailer bem grande onde as pessoas entram e ficam fumando. Lá dentro tem lan house, máquina de refrigerantes, cerveja e cigarros. No teto do trailer tem chaminés com depuradores de ar. Nos locais onde fumar é proibido, quem for pego é penalizado severamente.
Ainda em Shibuya vi óticas que disponibilizam no meio da calçada pia, água, sabão e papel toalha. Ah, e lenços de papel. As pessoas param ali, limpam seus óculos e seguem seus rumos.
Nas estações de metrô vi em vários pontos guardas-chuvas. As pessoas pegam emprestado ao sair da estação e depois devolvem na volta. Alguém aí acredita que no Brasil essa moda pegaria?
Nas calçadas em vários lugares existem mão e contra-mão, além da faixa especial para ciclistas. isso que é organização ! Quando o sinal de trânsito está fechado, nenhum carro avança, mesmo que não tenha ninguém. O Pedestre faz o mesmo, independente se tem carro por perto ou não.
O hábito já conhecido por nós de tirar o calçado antes de entrar na casa de alguém, é verdadeiro. As casas já são preparadas e na entrada há um sapateiro para guardar os pisantes das visitas. Por conta disso, muitas pessoas compram o sapato ou tênis com um número maior a fim de facilitar o "tira e coloca" toda hora. Mas é muito engraçado pois os jovens exageram e usam tênis com 4 ou 5 números maiores. No metrô eu não parava de rir lembrando do palhaço Bozo.
Os namorados não andam de mãos dadas e nem se beijam em público. As mulheres andam atrás dos maridos porém quando eles recebem o salário elas que tomam conta e vão dando mesadas pros caras gastarem.
Quase ia esquecendo dos assentos sanitários térmicos, com botãozinho do lado para regular a temperatura. Haviam outros botões. Eu, curioso, fui apertando, até sentir um jato d'água no meu fiofó e outro no saco. Esses japoneses pensam mesmo em tudo...
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