O campeonato sulamericano de clubes de futsal em 2005 foi realizado em Lima, no Peru. Lembro bem que na ida, nosso agente de viagens passou um horário errado referente ao voo entre Porto Alegre e São Paulo. Chegamos muito em cima da hora e no momento do check in fomos informados que o embarque havia encerrado, levando nosso supervisor a loucura. Conversa daqui, conversa de lá, foi quando o supervisor segurou no braço de um funcionário da Varig e disse: "se você tiver peito libera o voo mas irá arcar com as consequências..." O Rapaz que já estava com o rádio na boca, pipocou e mandou a mensagem: "aguardem mais alguns minutos pois tem uma delegação embarcando..." Sábia decisão ! Só tivemos que aturar a cara feia dos passageiros mas pelo menos não perdemos nossa conexão para Lima, o que nos tiraria da competição.
O sulamericano era dividido em duas chaves, e tirando um susto contra uma equipe colombiana (5x5) os demais jogos foram tranquilos. Fizemos a final do torneio contra a Malwee, o que já era esperado.
Os jogos foram realizados no ginásio de uma bela universidade mas que tinha uma quadra muito pequena e com piso de borracha (inadequado para o futsal).
Na grande final, a Malwee esteve sempre na frente do marcador e jogando melhor. No segundo tempo conseguimos empatar e a situação se inverteu. Nós tínhamos as melhores chances e estávamos melhores em quadra. Infelizmente a arbitragem sulamericana era muito fraca e durante todo o torneio marcavam faltas bobas que no Brasil geralmente os árbitros não marcam. Isso pendurou nosso time. Já contra os colombianos, quando estava 5x5, quase perdemos o jogo após cometermos a 6ª falta, bem pertinho da área. O tiro livre cobrado pelo colombiano foi defendido pelo Danilo que teve que sair do jogo, tamanha a violência do chute que atingiu em cheio seu rosto.
Na final, a partida caminhava para a prorrogação e sentíamos confiança pelo final de 2º tempo que fazíamos. Faltando 36 segundos para o fim, o Andrey saiu num contra-ataque e dividiu uma bola com o Xoxo no meio da quadra. Falta... o que deu raiva foi que o árbitro que estava no lance não marcou nada e outro que estava lá átrás foi quem apitou. Tiro livre muito bem cobrado pelo Fio e a Malwee foi campeã. No aeroporto, nossa raiva só aumentou quando o árbitro que marcou a falta ficava pedindo desculpas pro nosso time. A vontade de todos era dar um pau naquele infeliz.
De qualquer forma, não estou aqui para tirar o mérito da Malwee que como falei jogou melhor do que a gente a maior parte do tempo e foi merecedora do título. Acho que o mais justo seria uma prorrogação. Essas são as lições que os esporte nos ensina todos os dias.
Para terminar de matar o guerreiro, ainda viemos no mesmo voo que a Malwee. Eles, claro, felizes e com a taça na mão. Nós com o gosto amargo da prata na boca.
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